quarta-feira, 15 de abril de 2009

Vale a pena pensar nisto...

Dois homens, ambos gravemente doentes,
estavam no mesmo quarto de
hospital.
Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora,
todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões.

A sua cama estava junto da única janela do quarto.
O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.
Os homens conversavam horas a fio.
Falavam das suas mulheres, famílias, das suas casas,
dos seus empregos, dos seus aeromodelos,
onde tinham passado as férias...

E todas as tardes,
quando o homem da cama perto da janela se sentava,
passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto
todas as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela.

O homem da cama do lado começou a viver
à espera desses períodos de uma hora,
em que o seu mundo era alargado e animado por toda
a actividade e cor do mundo do lado de fora da janela.

A janela dava para um parque com um lindo lago.
Patos e cisnes, chapinhavam na água enquanto
as crianças brincavam com os seus barquinhos.
Jovens namorados caminhavam de braços dados por
entre as flores de todas as cores do arco-íris.
Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem
e uma ténue vista da silhueta da cidade
podia ser vislumbrada no horizonte.

Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia
isto tudo com extraordinário pormenor,
o homem no outro lado do quarto fechava os
seus olhos e imaginava as pitorescas cenas.

Um dia, o homem perto da janela
descreveu um desfile que ia a passar:
Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda,
conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente,
enquanto o outro senhor a retratava através de
palavras bastante descritivas.
Dias e semanas passaram.

Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto
trazendo água para os seus banhos,
e encontrou o corpo sem vida, o homem perto da janela,
que tinha falecido calmamente enquanto dormia.

Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital
para que levassem o corpo.

Logo que lhe pareceu apropriado,
o outro homem perguntou se podia ser
colocado na cama perto da janela.
A enfermeira disse logo que sim e fez a troca.

Depois de se certificar de que o homem
estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.

Lentamente, e cheio de dores,
o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo,
para contemplar o mundo lá fora.
Fez um grande esforço e lentamente
olhou para o lado de fora da janela que dava,
afinal, para uma parede de tijolo!

O homem perguntou à enfermeira o que teria feito
com que o seu falecido companheiro de quarto
lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas
do lado de fora da janela.

A enfermeira respondeu que o homem era cego
e nem sequer conseguia ver a parede.
Talvez quisesse apenas dar-lhe coragem...

Moral da História:

Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes,
apesar dos
nossos próprios problemas.

A dor partilhada é metade da tristeza,
mas a felicidade, quando
partilhada, é dobrada.

Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens
que o
dinheiro não pode comprar.

O dia de hoje é uma dádiva,
por isso é que o chamam de presente.

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